Chelsea Elizabeth Manning (nascida em Crescent, 17 de dezembro de 1987, com o nome Bradley Edward Manning) é uma política, ativista, denunciante (whistleblower) e militar transexual do Exército dos Estados Unidos que foi presa e processada por acesso e divulgação de informações sigilosas que resultaram no escândalo conhecido como "Cablegate", referindo-se aos telegramas diplomáticos americanos que começaram a ser publicados em novembro de 2010 por Wikileaks e cinco grandes jornais. Sua detenção foi realizada em maio de 2010, enquanto servia às tropas norte-americanas no Iraque.
Em 17 de janeiro de 2017, o presidente Barack Obama comutou a sentença de Manning para um total de sete anos de confinamento que datam da data da prisão pelas autoridades militares. Manning foi libertada em 17 de maio de 2017.
Nascida Bradley Edward Manning, em 1987, em Oklahoma City, filha de Susan Fox, do País de Gales, e Brian Manning, dos Estados Unidos, Chelsea teve uma infância problemática e com pais alcoólatras. Sua família se mudava com frequência (ela morou por muitos anos na Grã-Bretanha), tinha problemas de comportamento e sofria bullying pois seus colegas a viam como um "garoto efeminado". Após se formar, se alistou no exército americano e foi apontada, em 2008, como analista de inteligência e trabalhou no Iraque e no Afeganistão. Agentes do Comando de Investigação Criminal do Exército prenderam-na com base em informações recebidas de autoridades federais, prestadas por Adrian Lamo, um ex-hacker, que, conforme revelado por Andy Greenberg da Forbes, trabalhava como "especialista em segurança" com o Projeto Vigilante, uma instituição de segurança privada que trabalha com o FBI e a NSA. Numa conversa com Lamo, Manning contou-lhe que havia sido responsável pelo vazamento de um vídeo do ataque de um helicóptero a civis em 12 de julho de 2007 em Bagdá. Posteriormente, Lamo entregou Manning às autoridades.