Mokgadi Caster Semenya OIB (Polokwane, 7 de janeiro de 1991) é uma atleta meio-fundista sul-africana, campeã olímpica e mundial dos 800 metros.
Nascida numa pequena vila e criada na província de Limpopo, no interior da África do Sul, começou a correr como treinamento para jogar futebol. Aos 17 anos venceu os 800 m nos Jogos da Juventude da Commonwealth, na Índia. Em 2009, competindo no Campeonato Africano de Atletismo Júnior, venceu os 800 m e os 1500 m, estabelecendo novos recordes nacionais adulto e júnior, quebrando as marcas de Zelda Pretorius e Zola Budd respectivamente. Seu tempo nos 800 m, 1:56.72, foi então o melhor tempo do mundo naquele ano para a distância em qualquer categoria.
Em agosto do mesmo ano, no Campeonato Mundial de Atletismo de 2009 realizado em Berlim, conquistou a medalha de ouro nos 800 m com a novamente melhor marca do ano, 1:55.45. Mesmo antes de sua participação, Semenya teve sua feminilidade posta em discussão e após a vitória teve de se submeter a testes de gênero. Sua rápida ascensão e a quebra constante de seu tempos fez com que a IAAF exigisse uma comprovação de sexo, dizendo ser obrigada a "abrir investigação" após melhoras rápidas e consideráveis em seus tempos nos 1500 m – 25 s – e nos 800 m – 8 s – "o tipo de avanços espetaculares que costumam levantar suspeitas do uso de drogas". Os resultados dos testes nunca foram anunciados oficialmente mas alguns resultados vazados à imprensa sugeriam que Semenya tenha traços de intersexualidade. O caso levantou ampla discussão e acusações de racismo da organização contra a atleta, com críticas públicas do norte-americano Michael Johnson por exemplo, sobre a maneira como a IAAF conduzia o caso, fazendo com que o presidente Lamine Diack viesse a público declarar que a motivação para os testes não tinham a ver com doping nem continham qualquer rascismo mas era um desejo de confirmar se ele possuía alguma "condição médica rara" que poderia lhe dar "uma vantagem injusta" numa disputa com outras mulheres.